Uma iniciativa da prefeita interina Délia Razuk (DEM) reacendeu uma chama que há muito tempo estava apagada em Dourados. Aquela que emana da alma, que floresce os sentimentos e materializa as idéias: a cultura. No final do ano passado, Dona Délia enviou à apreciação da Câmara dos Vereadores um projeto de lei propondo a criação da Secretaria Municipal de Cultura. A matéria, juntamente com a criação de outra secretaria, a de Juventude deve ser aprovada antes mesmo da posse do novo prefeito que será eleito neste domingo, 6 de fevereiro.
Porém, a pauta já está em discussão no meio artístico, cultural e intelectual de Dourados e como não poderia deixar de ser, há os progressista que defendem a Secretaria de Cultura e os conservadores que querem deixar as coisas como estão com a Funced à frente da política cultural, embora, alguns como o poeta Emmanoel Marinho e artista plástico Marcelo Lima já foram convencidos pela prefeita de que a Fundação é algo obsoleto e que deve mesmo é cuidar do esporte, aliás, como sempre priorizou.
Um ícone da cultura e mesmo da contracultura douradense, o jornalista e crítico cultural Vander Verão (editor-chefe de O Progresso) disse em entrevista à folha de dourados, no final do ano passado, que a Funced “institucionalizou e esfriou cultura, acabando com o circuito alternativo, onde antigamente as coisas simplesmente aconteciam”. Disse Vander Verão: “Dourados está morta neste quesito. Assassinada em seus quatro cantos. Não temos mais nem mesmo a infalível Festa Junina”.
Já outra referência cultural de Dourados, o artista Ilson Boca Venâncio – colunista deste jornal – sempre foi a favor da criação da Secretaria de Cultura. “A Funced apenas executa projetos, não tem status de primeiro escalão e vive pendurada na Secretaria de Governo e sob o olhar dos interesses dos políticos que priorizam o lazer e o esporte”, diz ele, explicando que com Secretaria “será possível planejar, organizar e executar as políticas culturais”.
Fonte: Folha de Dourados
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