terça-feira, 2 de abril de 2013

DROGAS ILICITAS MATAM MAIS DE 500 PESSOAS POR DIA EM TODO O MUNDO


As drogas ilícitas matam mais de 500 pessoas por dia em todo o mundo, uma a cada 3 minutos. Só no ano passado, cerca de 210 milhões de pessoas de 15 a 64 anos consumiram drogas. Os números são do Relatório Mundial sobre Drogas da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no último dia 11, durante a abertura da 56ª Sessão da Comissão de Narcóticos, em Viena, na ÁustriaO encontro, que reuniu mais de mil representantes de países e da sociedade civil, discutiu questões ligadas à cooperação internacional sobre o combate às drogas e ligadas à saúde pública, como a ameaça de novas substâncias psicoativas.

Na opinião do médico Jorge Jaber Junior, presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), embora os dados divulgados pela ONU sejam assustadores, a realidade mostra que os casos de mortes por uso de drogas são subnotificados e os números são maiores. “No último censo da Cracolândia, no Rio de Janeiro, a nossa equipe fez um atendimento voluntário. Foram 100 pessoas acolhidas, e duas morreram em menos de 24 horas. Duas em cada 100. Em mil são o equivalente a 20. Num cálculo rápido, sem caráter científico, seriam cerca de 400 mortes em 24 horas só no Brasil”, alerta.

De acordo com o relatório da ONU, a planta cannabis (maconha) é a droga mais consumida do mundo, seguida pelas anfetaminas. Segundo o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Yury Fedotov, o consumo e a fabricação de cocaína caíram, mas houve um aumento no consumo e produção de drogas sintéticas e de novas substâncias psicoativas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reforça que o alto número de mortes é uma tragédia global. “O vício das drogas é uma doença, não um crime. Os toxicodependentes não devem ser tratados com discriminação, mas por peritos e médicos conselheiros.” Na opinião dele, o uso de drogas expõe ao risco de doenças mentais, crime e violência, além de doenças infecciosas como HIV e hepatite C.

O presidente da Abrad explica que, no Brasil, a política contra as drogas tem dois aspectos: o da repressão (porque a venda é um ato criminoso) e o preventivo. “É muito importante tratar uma pessoa viciada em crack em estágio inicial, por exemplo, porque o tratamento vai prevenir a ocorrência de outras doenças, como a Aids. ”Segundo Jaber, a Associação Norte-Americana de Psiquiatria defende a importância da religião no tratamento dos dependentes químicos. “E eles falam, com base científica, que a religião oferece um ambiente mais social e saudável, adequado para o tratamento.”

MUNDO CELEBRA HOJE O DIA DE CONSCIÊNCIA SOBRE O AUTISMO


O mundo cebebra hoje o Dia Mundial de Consciencia sobre o Autismo,  criado pelaOrganização das Nações Unidas em 18 de Dezembro de 2007 para a conscientização acerca do tema.Segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. Para lembrar o Dia, os vereadores usarão, durante  a sessão, camisas no tom azul, símbolo do autismo.

Brasil

No Brasil, foi realizado o primeiro estudo de epidemiologia de autismo da América Latina, publicado em fevereiro de 2011—com dados de 2010 --, liderado pelo psiquiatra da infância Marcos Tomanik Mercadante (1960-2011), num projeto-piloto com amostragem na cidade paulista de Atibaia, que aferiu a prevalência de um caso de autismo para cada 368 crianças de 7 a 12 anos.

Mitos

Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa, muitos cientistas atribuem esta dificuldade à Cegueira Mental, uma compreensão decorrente dos estudos sobre aTeoria da Mente.

Mitos II

Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente estar presente, mas como dito acima nem todos são assim. Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.

Cura

A ciência, pela primeira vez falou em cura do autismo em novembro de 2010, com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que baseou-se na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética), foi coordenado por mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto.